Wednesday, October 26, 2011

Emancipation through Art


We usually walk around in life noticing many things, but many other things are left unnoticed. Like a limelight our perception focus on things that interest us, may they be because of our need to survive or modelled by our past experiences, conventions or our cultural baggage that we carry from where we came from to our destiny.

But our brain can apprehend a lot more. We need do leave this fixed model to see beyond. That is where our path to evolution is. If we stop and think, a lot of things we consider real are just constructions of our mind. Time and space lead our way but they are only subjective representations and can be adapted according to each individual experience.

Our mentality have changed a lot from Modernity to Post-Modernity, we moved from a mechanical, dualistic perspective to a more relative point of view. Quantum Physics raised the notion that each observer creates his own reality and things happen according to the path he chooses.

Art followed this change of paradigms with the idea that the work of art needs the observer to exist because it depends on his personal interpretation. In this exhibition we will use perception to reach emancipation. The viewer will enter a cave that alludes to Plato’s Cave Theory and try to provoke an awareness of the here and now. The understanding that space and time are representations. This experience can be the key to open new doors to see beyond.

Buddhists had already claimed reality is an illusion. Plato’s Cave Theory declares that things exist only in their appearance for us. In the myth the prisoners of the cave see shadows projected on the walls and hear the sounds that come from outside and they believe that these shadows are reality. A reality filtered by the senses and so they are just appearances.

Following this idea we promote a moment of meditation on our being through art. A perceptive art that uses our senses so that each one can have the perception of themselves perceiving. This realization can make them leave the exhibition and see reality with emancipated eyes.

Emancipação através da arte




Andamos pela vida percebendo muitas coisas, mas muitas outras coisas ficam de fora. Como um farol, nossa percepção foca em coisas que nos interessam, seja pela necessidade de sobrevivência, seja modelada por experiências passadas, convenções e nossa bagagem cultural que carregamos de onde viemos e para onde vamos.

Mas nosso cérebro pode perceber muito mais. Precisamos sair desse molde fixo para ver além. É ai onde está o caminho para nossa evolução. Se parássemos para pensar, muito do que consideramos real na verdade são construções mentais. Tempo e espaço norteiam nossas direções, mas são apenas representações subjetivas e podem ser mudadas de acordo com a experiência de cada um.

A mentalidade mudou muito desde a Modernidade para a Pós-Modernidade, passando de uma visão mecânica, maniqueísta, para uma visão relativista. A Física Quântica trouxe à tona a ideia de que é o observador que constrói a sua realidade, já que as coisas acontecem de acordo com o caminho que escolhemos.

A arte acompanha essa mudança de paradigma com a ideia de que a obra é feita pelo espectador e que depende da interpretação que ele mesmo faz da obra. Essa ênfase na participação do espectador começou nos anos 60, mas atualmente a Arte Relacional fixou esse conceito de uma vez por todas.

Na instalação do coletivo Moleculagem vamos usar a percepção para atingir uma emancipação, uma nova visão, uma nova perspectiva para olhar a realidade; e tentar promover esse momento de reflexão em cada um. Estar presente no aqui e agora, já que passado e futuro são ideias. Este momento de auto consciência pode ser a chave para abrir portas para novas experiências.

Os budistas já diziam, a realidade é uma ilusão. Como na caverna de Platão, as coisas em sua aparência existem somente para nós. No Mito da Caverna os prisioneiros vêem as sombras projetadas na parede e escutam o som que vem de fora, acreditam que essas sombras sejam a realidade. Uma realidade filtrada pelos sentidos que na verdade é apenas aparência.

Assim, promovemos um momento de meditação sobre o próprio ser diante de uma arte que trabalha os sentidos, para que cada um tenha a oportunidade de perceber a si mesmo percebendo e tentar sair para ver o mundo com outros olhos.

Em outro ambiente vamos do campo da abstração para o da arte figurativa, nada tradicional. A pintura de Eduardo Petroni traz símbolos arquétipos de uma linguagem não limitada, não racional, que vem do inconsciente coletivo através de nossa memória genética. Seres alienígenas provocam uma sensação de estranhamento na presença destas entidades. Eles nos olham e nos fazem questionar quem somos nós, existe vida fora da Terra ou em outra dimensão dentro de nós mesmos?

Cada pessoa terá sua experiência pessoal e em conjunto vamos tentar sair do comum para chegar a uma nova sensibilidade.